País tem trabalhado para destruir sistemas de serviços públicos, diz fonte.
EUA acredita que Coreia do Norte é responsável por ciberataque à Sony.
O ataque de hackers contra a Sony pode ter sido apenas uma aula prática para a elite do exército cibernético da Coreia do Norte,
parte de uma meta de longo prazo para ser capaz de afetar sistemas de
telecomunicações e de rede elétrica de países rivais, disseram
dissidentes do país asiático.
Obcecada por temores de que será atacada pela Coreia do Sul e pelos
Estados Unidos, a Coreia do Norte tem trabalhado há anos na capacidade
de interromper ou destruir sistemas de computadores que controlem
serviços públicos vitais como telecomunicações e eletricidade, de acordo
com uma das fontes.
Capacidades não convencionais, como guerra cibernética e tecnologia
nuclear, são as armas de escolha para que a empobrecida Coreia do Norte
se equipare a seus inimigos. "A principal meta da Coreia do Norte na
estratégia cibernética é ser capaz de atacar a infraestrutura nacional
da Coreia do Sul e dos EUA", disse Kim Heung-kwang, um dissidente do
Norte que foi professor de ciências da computação e disse manter
ligações com a comunidade de seu país natal.
Nesta sexta-feira (19/12/2014), os Estados Unidos culparam oficialmente a Coreia do Norte pelo ataque contra a Sony.
"A invasão da Sony é semelhante a ataques anteriores que foram
atribuídos à Coreia do Norte, e é um resultado do treinamento e dos
esforços feitos com o objetivo de destruir infraestrutura", disse Kim,
que foi para o Sul em 2004.
O ciberataque mais bem-sucedido até agora da Coreia do Norte pode ter
sido a invasão aos sistemas da Sony, que fez com que o estúdio
cancelasse o lançamento da comédia "A entrevista", que retratava um
plano fictício da CIA para assassinar o líder norte-coreano, Kim
Jong-Un.
"Eles podem ter treinado para lançar ataques relacionados às redes
eletrônicas", disse Jang Seyul, dissidente da Coreia do Norte que
estudou na faculdade militar de ciências da computação antes de escapar
para o Sul há seis anos, referindo-se à unidade de guerra cibernética do
Norte.
Há anos, a Coreia do Norte tem aplicado recursos em uma sofisticada
célula de guerra cibernética chamada Bureau 121, comandada pela agência
militar de espionagem e composta por alguns dos mais talentosos
especialistas de computação no país, segundo Jang e outros dissidentes.
A maioria desses hackers na unidade vem da escola militar de computação.
"O principal alvo que eles miram há tempos é a infraestrutura', disse
Jang.
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