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Novos Meninos da Vila levam Santos à final do Paulistão em três categorias

Peixe prepara novas fornadas de craques, que já começam a dar resultados ainda na base. Times mirim, infantil e juvenil tentam conquistar o estadual

A fábrica de craques da Vila Belmiro funciona a todo vapor. No próximo final de semana, o Santos decide o título do Campeonato Paulista em três categorias: sub-13 (mirim), sub-15 (infantil) e sub-17 (juvenil). Nenhum outro clube do estado conseguiu chegar a tantas decisões neste ano. Apenas os times sub-11 (pré-mirim) e sub-20 (juniores) não conseguiram se qualificar para as finais. Ainda assim, chegaram perto. A garotada pré-mirim foi até as quartas. Já os juniores caíram nas semifinais.

Na categoria mirim, o Santos busca o tricampeonato. Venceu em 2008 e 2009. O jogo de ida já foi disputado: empate em 0 a 0 com o União Barbarense em 0 a 0, domingo passado, no CT Rei Pelé. Neste domingo, às 10h45m, em Santa Bárbara d’Oeste, o Peixe precisa vencer. A equipe do interior tem melhor campanha na primeira fase, por isso, joga pelo empate.

Já o sub-15 começa a decidir o título com o Corinthians. É nesta categoria onde estão algumas das maiores promessas da base santista. São os casos do meia Jean Carlos Chera, badalado desde que chegou à Vila Belmiro, e do atacante Victor Andrade. Chera foi um dos artilheiros do time no Paulista do ano passado (20 gols), quando o Peixe conquistou pela primeira vez o estadual nesta categoria. Agora, busca o bi. Como tem melhor campanha na primeira fase, o Peixe joga por dois empates. O jogo de ida será neste sábado, às 9h (horário de Brasília), no estádio Nicolau Alayon, na Barra Funda, em São Paulo. O jogo de volta será no dia 27 (sábado seguinte), também às 9h, em Santos.

Outro clássico na final juvenil. O Santos enfrenta o São Paulo. Nessa categoria, o Tricolor é quem tem vantagem de jogar por dois empates e de decidir em casa. O jogo de ida será neste sábado, às 10h (Brasília), na Vila Belmiro. O segundo confronto será dia 27 (sábado), às 10h45m, no CT de Cotia, na Grande São Paulo. O time sub-17 tem como destaques o atacante Tiago Alves, que foi o artilheiro santista na conquista da Supercopa Júnior, neste ano, e o meia Felipe Anderson. Tiago deverá ganhar chances no time principal em 2011. Felipe, por sua vez, já está integrado ao elenco profissional e chegou até a entrar em dois jogos do Brasileirão.

Benção do craque

Há bem pouco tempo, Neymar estava disputando campeonatos de base. Agora, estrela do Santos e da Seleção Brasileira, ele torce pelas novas gerações e afirma que as próximas safras têm tudo para ser tão boas (ou até melhores) que a sua.

- Quando eu estava lá, era muito difícil chegar a uma decisão. A gente não chegava nunca. Agora, o pessoal está fazendo ótimas campanhas. Estão de parabéns - comentou o jogador, em recente entrevista coletiva no CT Rei Pelé.


Diretoria do Palmeiras acusa Goiás e entra com protesto na Conmebol

Verdão vai tomar providências após Felipão ser atingido na cabeça por objeto atirado por torcedor goiano, nesta quarta-feira, no Serra Dourada

A delegação palmeirense deixou Goiânia satisfeita com a vitória por 1 a 0, mas indignada com as atitudes da torcida adversária no Serra Dourada. Nesta quinta-feira, no desembarque da equipe no aeroporto de Congonhas, o gerente administrativo do Palmeiras, Sérgio do Prado, afirmou que o clube vai entrar com um protesto na Conmebol contra o Goiás

- Temos imagens, nomes e fatos de tudo o que aconteceu. Já encaminhamos oralmente para a Conmebol e vamos fazer um protesto formal para que medidas sejam tomadas - disse o dirigente.

Sérgio do Prado também negou que o alviverde goiano tenha identificado e prendido o torcedor que atirou o objeto na cabeça de Luiz Felipe Scolari, quando o técnico concedia uma entrevista após a partida ainda no gramado. Felipão teria sido atingido por um celular, e não por um rádio como ele falou na quarta-feira.

- Não aconteceu nada (prisão do torcedor), é so conversa mole deles. Eles abafaram e esconderam no corredor que tem ali perto do vestiário, sumiram com ele. Eu estava com o Felipão e presenciei tudo. Mas nós levantamos nomes e vamos encaminhar isso para o jurídico - acusou Sérgio do Prado.

A diretoria do Palmeiras vai se reunir na Academia de Futebol ainda nesta quinta-feira e promete divulgar o nome do torcedor goiano e mais informações sobre a confusão no Serra Dourada.


Em conversa com Jobson, Lucio Flavio transmite apoio

Capitão afirma que não teve intenção de criticar companheiro, mas mostrar preocupação e desejo de recuperação

As palavras sérias tiveram a interpretação de críticas. Mas segundo Lucio Flavio, tudo não passou de preocupação. Muita preocupação. Um dia depois de analisar a situação de Jobson - afastado do Botafogo por indisciplina -, o capitão decidiu entrar em contato com o atacante, que por enquanto treina à parte do grupo principal. Sua intenção foi mostrar que, ao invés de julgar, sua intenção foi mostrar sua vontade de ver novamente o companheiro ajudando a equipe dentro de campo.

- Conversei com o Jobson e deixei claro que todos nós queremos o seu bem e que desejamos vê-lo fazendo sucesso. Além disso, mostrei que é importante ele se retratar diante da comissão técnica e dos atletas para fazer parte do nosso grupo novamente, pois é ruim ver um companheiro trabalhando separadamente. É fundamental para o Botafogo contar com todos nessa reta final. Ele se mostrou disposto a mudar seu comportamento e nos ajudar - afirmou.

Lucio Flavio também frisou que sua ideia ao falar sobre Jobson, em entrevista coletiva na última quarta-feira, não era tecer críticas, mas mostrar sua preocupação com o companheiro de Botafogo e, principalmente, com o homem.

- Essa situação chateia, porque gostamos dele e queremos seu bem. Quando há um problema com um, todos são afetados, porque dependemos uns dos outros. Queremos muito que o Jobson se recupere para sentir-se bem no Botafogo ou buscar sua condição de ídolo em outro clube, se for o caso. Daqui a uns anos ele deixará de ser atleta, e, no futuro, pouco vai importar o que ele fez. Mas o principal é que ele decida mudar - destacou.


Alessandro supera críticas e renasce no Timão: ‘Gosto de ser Guerreiro’

Depois de ficar surpreso e chateado com protesto da Fiel, lateral faz jus ao apelido e se torna fundamental nesta reta final de Brasileirão

Quinze de outubro de 2010. Na porta do CT Joaquim Grava, a torcida do Corinthians protesta contra a má fase da equipe no Brasileirão, afinal, naquele momento, o time enfrentava um jejum de seis jogos sem vitória. Em meio aos principais alvos, um nome chamou a atenção. Na verdade causou surpresa. Um dos líderes do elenco, Alessandro foi colocado no mesmo saco dos contestados Souza, Moacir e Danilo. Chateado, o lateral-direito resolveu então mostrar em campo que a Fiel estava errada. Recuperado de uma lesão muscular na coxa direita, sentida na derrota para o Vasco, no dia 13 de outubro, ele voltou a se destacar sob o comando de Tite. Mais do que isso, o lateral fez jus ao apelido que recebeu no clube: Guerreiro.

- É claro que fiquei surpreso quando vi meu nome no protesto. Mas tive de entender que o torcedor estava chateado naquele momento, assim como nós, e sempre há uma direção. Coube a mim, então, assimilar as cobranças, e o respaldo do elenco e da diretoria foi importante para continuar mostrando meu melhor. Jamais pensei em sair do Corinthians por conta daquilo, nunca passou pela minha cabeça. Fiquei chateado, sim, mas foi algo que já passou e não deixou marcas. Estou confiante para continuar jogando - declarou o lateral-direito do Timão.

A boa fase de Alessandro pode ser verificada por suas notas no Troféu Armando Nogueira. Sua média no Campeonato Brasileiro é 5,5. Considerando-se apenas os jogos sob o comando de Tite, o número sobe para 6,2. O líder no ranking da lateral direita na competição, o gremista Gabriel, tem 6,1.

Alessandro foi contratado pelo Corinthians em 2008, ano em que o clube disputou a Série B do Campeonato Brasileiro. Rapidamente, tornou-se um dos símbolos daquele período de redenção. Oscilou em alguns momentos, é verdade, mas sempre contou com o apoio do técnico Mano Menezes - até por conta do seu físico privilegiado e sua disciplina tática. Não à toa, em 2009 foi um dos principais jogadores nas conquistas do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil.

Nessa época, Alessandro já tinha o rótulo de Guerreiro. Todos no elenco o chamam assim e a torcida também o reconhece dessa maneira. É algo de que ele gosta, algo que o deixa lisonjeado, um apelido que já virou sobrenome.